“Goleiro do Grêmio é indiciado pela polícia por agressão a torcedor do Internacional de 10 anos “decidiu manter a acusação”

Foto: Caíque Santos

Caíque, goleiro do Grêmio, é indiciado por incidente no Gre-Nal 443

Grêmio
Lucas Uebel / Grêmio/Divulgação

O goleiro Caíque, do Grêmio, foi formalmente indiciado pela polícia devido a um incidente ocorrido durante o clássico Gre-Nal 443. Após a partida, enquanto deixava o campo, Caíque arremessou uma bola feita de esparadrapo em direção à arquibancada, acertando um torcedor colorado de apenas 10 anos. O episódio gerou polêmica e resultou em um boletim de ocorrência, com a tentativa inicial de encerrar o caso sendo frustrada pela decisão do pai do menino, que decidiu manter a acusação.

Indiciamento com base na Lei Geral do Esporte

MKT esporivo

O indiciamento de Caíque foi fundamentado no artigo 201 da Lei 14597/2023, a Lei Geral do Esporte, que define como crime qualquer ação que promova tumulto, incite violência ou invada espaços restritos em eventos esportivos. A pena prevista para esse tipo de infração inclui reclusão de um a dois anos, além de multa. Esse enquadramento legal indica a seriedade com que as autoridades estão tratando o caso, ainda que o goleiro alegue não ter tido intenção de atingir o torcedor.

Imagens confirmam ausência de intenção

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Durante as investigações, a polícia analisou imagens do momento em que Caíque lançou a bolinha e concluiu que o ato foi realizado sem olhar, o que reforça a alegação de que não houve intenção de atingir o garoto. Apesar disso, o gesto gerou grande repercussão, especialmente pelo fato de envolver um torcedor mirim. Essa análise das imagens não foi suficiente para encerrar o processo, uma vez que o pai da criança manteve o boletim de ocorrência.

Mediação entre as partes não obtém acordo

Lucas Uebel / Grêmio/Divulgação

Após o indiciamento, as partes, acompanhadas por seus advogados, participaram de uma mediação para tentar resolver o caso sem que ele avançasse na esfera criminal. Contudo, o pai do garoto optou por não aceitar nenhum acordo, e agora o caso será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se vai oferecer denúncia contra o goleiro Caíque, dando continuidade ao processo judicial.