Internacional: Roger Machado entra para o seleto time dos técnicos mais longevos do Brasil

Roger Machado. Foto: Reprodução/RBS TV

Inter segura Roger Machado há mais de um ano e desafia a regra da troca rápida; descubra quem mais resiste no Brasileirão.

Depois de 13 rodadas de um Brasileirão que não perdoa tropeços, o Internacional respira fora do Z‑4 com a vitória apertada sobre o Vitória por 1 × 0. Nos bastidores, porém, chamou atenção outro placar: o de continuidade dos treinadores. Um levantamento do quadro Gato Mestre, do ge, vasculhou Séries A, B e C e encontrou apenas 11 técnicos ainda no mesmo posto desde 2024. O gaúcho Roger Machado, 49 anos, figura nesse seleto grupo — oitavo lugar em tempo de serviço.

Roger Machado desembarcou no Beira‑Rio em abril de 2024 após a saída turbulenta de Eduardo Coudet. Desde então soma 44 partidas oficiais, com aproveitamento de 56 % (22 vitórias, 10 empates, 12 derrotas). Nada espetacular, mas suficiente para que a diretoria colorada resistisse à “dança das cadeiras” que varre o país como um furacão a cada revés.

A liderança do ranking é de Abel Ferreira, soberano no Palmeiras desde novembro de 2020. Atrás dele aparecem Jorge Castilho (Maringá), Rogério Ceni (Bahia) e Fernando Seabra (Bragantino). Completam a lista Rogério Corrêa, Ricardo Catalá, Hino Magalhães, Léo Condé, Gilmar Dal Pozzo, Filipe Luís e o próprio Roger. Para efeito de comparação, 49 técnicos diferentes já passaram pela Série A entre janeiro e julho deste ano.

Quem ilustra o efeito gangorra é o argentino Juan Pablo Vojvoda. Ídolo recente no Fortaleza, ele caiu após o clássico diante do Ceará e deixou o Leão penúltimo, com dez pontos. A demissão reforçou a média indigesta: no Brasil, um treinador não chega a completar nove meses de trabalho, segundo estudo da CBF publicado em maio.

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Foto Ricardo Duarte/Internaciona – Roger Machado

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O que faz do Internacional um ponto fora da curva?

Roger, ex‑lateral campeão da Libertadores pelo rival tricolor Grêmio, apostou em triângulos ofensivos, linhas altas de pressão e na afirmação de jovens como Lucca e Borré. A torcida, embora impaciente com falhas defensivas, reconhece a mão do técnico no resgate da competitividade. O próximo desafio será domingo (20), contra o Athletico‑PR, na Ligga Arena — jogo crucial para evitar nova aproximação à zona de degola.

No mercado volátil dos técnicos, manter um projeto futebolístico por mais de 12 meses soa quase revolucionário. Se a estatística persistir, Roger Machado pode transformar seu nome em sinônimo de estabilidade — moeda cada vez mais rara nos gramados nacionais.

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Roger Machado. Foto Ricardo Duarte

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