Internacional e Wesley: até quando insistir em um atacante que não entrega?

Por Cristiano Santos: Internacional vive dilema com Wesley: atacante perde rendimento, mas segue titular. Até quando Roger Machado bancará a escolha?

A paciência da torcida do Inter anda no limite. Wesley, que já foi visto como peça-chave no ataque colorado, parece ter perdido o brilho. Em campo, falta intensidade, sobra indecisão. O que antes era explosão virou morosidade. E mesmo assim, jogo após jogo, Roger Machado mantém o camisa em campo, relegando outros nomes – hoje em melhor fase – ao banco.

Não se trata de caça às bruxas. O futebol é cíclico, todo jogador tem altos e baixos. Só que o declínio de Wesley já não é mais fase: é sequência. E essa sequência tem custado caro ao Inter, que vê o ataque travado, previsível, fácil de marcar. Não há drible que quebre linha, nem finalização que ameace. Parece faltar gana.

Decisão difícil para qualquer técnico. Mexer em titularidade mexe em ego, em vestiário. Mas quando a entrega não vem, o banco vira aliado, não castigo. É lá que muitos recuperam o foco, sentem o calor da concorrência e reencontram a motivação. Talvez seja isso que Wesley precise agora: um choque de realidade.

Enquanto isso, o torcedor questiona. A diretoria observa. E o mercado, que já ensaiou interesse, arrefece. A vitrine está empoeirada. O momento pede atitude – de Wesley, que precisa reencontrar seu jogo; e de Roger, que precisa ousar para resgatar um ataque eficiente. Porque insistir, do jeito que está, é jogar contra o próprio patrimônio.

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