A derrota por 1 a 0 no jogo de ida não derrubou a confiança do Internacional. No Maracanã, diante do Flamengo, o time saiu atrás nas oitavas da Libertadores, mas trouxe na mala um trunfo que não cabe na súmula: a mobilização da torcida. Roger Machado contou que, mesmo com a bola parada, a pulsação colorada não arrefeceu. No vestiário, os cânticos atravessavam paredes — cena que o treinador tratou como combustível para a volta no Beira-Rio.
No Rio, a massa colorada jogou junto por 90 minutos e ainda armou as tradicionais “Ruas de Fogo” na chegada da delegação ao hotel. Clima de decisão, de Libertadores, daqueles que viram a noite. Roger usou o pós-jogo para apertar o botão da mobilização: pediu casa cheia no domingo e, sobretudo, na quarta-feira, quando o confronto será definido em Porto Alegre. O recado foi direto: a equipe precisará transformar o apoio em intensidade para reverter a desvantagem mínima.
O treinador também leu o ambiente. Disse ver confiança na arquibancada — não apesar das críticas recentes, mas junto delas. Em outras palavras: cobrança e apoio podem coexistir quando há entrega. Na avaliação dele, faltou ao time no Maracanã o que havia aparecido contra o Red Bull Bragantino: agressividade nas disputas, coordenação de pressão e mais volume nos corredores para empurrar o adversário para trás. É esse padrão que o Internacional pretende reencontrar.
Além do fator casa, pesa a memória recente de noites grandes no Beira-Rio. O palco costuma potencializar virtudes: bola aérea forte, transições velozes, laterais que empurram o bloco para a frente. Para uma série que começou 0x1, detalhes contam: primeira pressão após a saída, controle dos rebotes e menos erros no terço final. Roger não prometeu espetáculo; prometeu trabalho — e um time conectado ao que a torcida canta.

O recado ao torcedor do Inter
Na síntese do técnico, a arquibancada já entrou em modo mata-mata. O som que atravessou o vestiário no Maracanã virou senha para a semana decisiva. Domingo serve de termômetro; quarta, de sentença. Se reproduzir o ambiente e a pegada do jogo citado por Roger, o Inter terá mais que apoio — terá o empurrão competitivo que a Libertadores exige.

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