Internacional muda pensamento sobre jovens da base e adota cautela nos bastidores

Internacional adota cautela com jovens do elenco em 2025 e define estratégia para equilibrar desenvolvimento e resultados no Beira-Rio.

Nos corredores do Beira-Rio, longe dos refletores e das arquibancadas, a direção do Internacional tem repetido um mantra: calma. O clube aposta em um caminho mais paciente com os jovens do elenco principal em 2025. Nada de acelerar processos apenas para atender pressões externas ou abrir o cofre mais cedo. A lógica que orienta as decisões é outra preservar o crescimento dos jogadores em um período de instabilidade técnica e tática.

O caso de Victor Gabriel ilustra bem essa postura. O zagueiro chegou a ser titular em algumas rodadas, mas perdeu espaço com a chegada de Juninho. Hoje, aparece como alternativa no banco, sem pressa para retomar minutos. O mesmo raciocínio vale para Luiz Otávio, volante que a torcida insiste em enxergar como titular imediato. Dentro do clube, porém, a hierarquia ainda é clara: Thiago Maia segue soberano na posição, com Richard como substituto mais imediato.

Há também espaço para movimentações mais discretas. Gustavo Prado, meia que pode atuar tanto centralizado quanto aberto, começa a ganhar terreno após a saída de Wesley. A comissão técnica vê nele uma peça versátil, útil em diferentes funções ofensivas. O centroavante Ricardo Mathias, por sua vez, já recebeu confiança como titular por Roger Machado, mas ainda convive com cobranças públicas do treinador, que exige mais efetividade.

A leitura nos bastidores é pragmática. Lançar jovens em meio a turbulências pode ter efeito contrário: ao invés de consolidar, pode gerar desgaste precoce. O temor é que o processo, se atropelado, comprometa carreiras que poderiam render no médio e longo prazo tanto no campo quanto nas finanças.

No fim, a estratégia é equilibrar as urgências do time com a construção paciente de trajetórias. O Inter aposta que, ao dosar minutos e desafios, colherá não apenas resultados imediatos, mas também ativos técnicos e econômicos mais sólidos para o futuro.

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