Internacional deve receber R$ 300 milhões em receitas e projeta crescimento inédito

Internacional aposta em marketing e parcerias para reforçar o caixa e projeta até R$ 300 milhões em receitas extracampo em 2026.

O Internacional, que convive com dívidas que giram em torno de R$ 800 milhões, encontrou no extracampo uma alternativa para equilibrar as contas. Sem margem ampla para investir em reforços de peso, o clube gaúcho aposta em novas estratégias de marketing e parcerias comerciais para garantir maior fluxo de receitas.

Uma das mudanças mais visíveis foi a intensificação das publicações patrocinadas nas redes sociais. O Colorado, atento ao peso do digital, transformou seu alcance online em fonte de lucro. Marcos Silveira, diretor executivo de marketing e receitas, explicou em entrevista ao portal Máquina do Esporte que a meta é ampliar ainda mais esse modelo em 2026.

“Em 2026, vamos tentar chegar a até 20% (de posts patrocinados). Não mais do que isso, para não canibalizar nossas outras pautas, como o institucional e o futebol. Mas 20%, na nossa cabeça, é algo saudável para monetizar”, destacou o dirigente.

Outro movimento foi a aproximação com marcas de perfil jovem e alinhadas ao estilo dos atletas. O acordo fechado com a “Approve”, em setembro, é um exemplo. Antes da parceria, o setor de marketing realizou estudos sobre o modo como os jogadores se vestem no dia a dia, buscando compatibilidade entre identidade da marca e imagem dos atletas.

Segundo Silveira, a escolha foi estratégica: “A Approve é uma marca mais progressista, que bebe muito na cultura da NFL e da NBA. Fomos pinçar atletas do elenco que já se vestem desse jeito. Os jogadores já sabem antes qual é a marca e se tem ‘fit’ com ele.”

Além disso, o Inter vem explorando patrocínios pontuais, inclusive em jogos decisivos, transformando a visibilidade esportiva em vitrine comercial. O resultado dessa engrenagem é promissor: a expectativa é encerrar o ano com arrecadação entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões apenas em ações extracampo. Se confirmado, o salto representará crescimento de até 66,6% em relação ao ciclo anterior.

No Beira-Rio, a ideia é clara: diversificar as fontes de renda, reduzir a dependência das transferências de jogadores e construir um modelo de negócio sustentável, que una futebol e mercado.

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