R$ 1 milhão em disputa: conselheiros do Internacional exigem explicações sobre contrato de Roger

A diretoria do Internacional volta a enfrentar tensão interna após surgirem questionamentos sobre o acordo fechado com o então treinador Roger Machado em julho de 2024. Segundo reportagem do jornalista Alexandre Ernst, membros do Conselho Deliberativo cobraram do presidente Alessandro Barcellos detalhes sobre a negociação — em especial a participação de agentes e o pagamento de uma comissão considerada alta.

Fontes internas apontam que o contrato inicial relacionou dois intermediários e que houve uma comissão próxima de R$ 1 milhão. Em uma reestruturação posterior da folha, entretanto, apenas um dos intermediários ficou formalmente apontado no registro do clube. Essa alteração motivou dúvidas sobre transparência e sobre como foram conduzidas as tratativas financeiras.

A cobrança aparece em um momento sensível na gestão de Barcellos. Em seu segundo mandato, o dirigente soma, até agora, o título do Campeonato Gaúcho de 2025 como principal troféu em quase cinco anos à frente do clube. Paralelamente, a equipe tem apresentado rendimento irregular no Brasileirão, e decisões no mercado de jogadores vêm sendo alvo de críticas internas.

Roger Machado, que deixou o comando em setembro de 2025, não conseguiu reunir sequências consistentes de resultados que sustentassem sua permanência. A saída do técnico — pouco mais de um ano após sua contratação — agora carrega não só um balanço esportivo, mas também interrogações administrativas que alimentam o debate entre conselheiros.

Internacional no centro da crise

Os conselheiros garantem que o assunto não ficará apenas nos corredores: novas reuniões do Conselho Deliberativo já têm o tema na pauta e a cobrança por documentos e esclarecimentos deve se intensificar. Para o clube, o momento exige mais do que explicações formais; pede estabilidade política e gestão capaz de minimizar ruídos que possam afetar rendimento e imagem do time nas próximas rodadas do Brasileirão.

Contexto adicional: o episódio leva em conta números e prazos claros — contrato assinado em julho de 2024, desligamento em setembro de 2025 e comissão estimada em torno de R$ 1 milhão — e insere-se no histórico recente do colorado, marcado por alternância de técnicos e pressão por resultados. A situação também é vista como um termômetro da relação entre diretoria, conselheiros e torcida, que acompanhará de perto os desdobramentos administrativos enquanto o clube disputa pontos decisivos na competição nacional.

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