Após tropeço no Beira-Rio, comissão técnica do Inter teve uma reação inesperada: “Mostraram alma”

O Internacional deixou o Beira-Rio frustrado mais uma vez: abriu 2 a 0, com os dois gols de Vitinho, mas cedeu o empate já nos acréscimos — novamente atingido por uma falha defensiva em bola aérea. O resultado trouxe nova dose de apreensão à luta contra o rebaixamento, mesmo com a torcida demonstrando insatisfação ao fim da partida.

A igualdade obrigou o time comandado por Ramón Díaz a conviver com a possibilidade de ver a distância para a zona de descenso diminuir na rodada. No momento da partida a margem era de quatro pontos para o Santos, que ainda tinha jogo marcado para o fim de semana — um cenário que mantém a pressão sobre o Colorado e amplia a importância das próximas rodadas.

Vitinho foi destaque ao transformar em gols as principais chances do time e recuperar uma boa presença ofensiva. O atacante, com qualidade em finalização e mobilidade entre as linhas, assumiu protagonismo no ataque; sua produção no jogo mostrou que tem sido peça importante para o plano ofensivo do clube, sobretudo em partidas em que o Inter precisa preservar a iniciativa.

Ramón Díaz elogiou a evolução de postura do elenco. O técnico argentino destacou que houve mudança no comportamento coletivo, com mais agressividade ao pressionar o adversário e disposição para buscar o ataque — fatores que, segundo ele, o deixam otimista apesar do desfecho. O treinador também apontou que a intensidade cobrada para virar o jogo em 48 horas pode ter cobrado tributação física nos minutos finais, sem, no entanto, abalar sua convicção de que a equipe tem condições de escapar do rebaixamento.

Em tom direto, Emiliano Díaz reforçou que o vestiário saiu desconfortável com o gol sofrido no fim, mas ressaltou a existência de sinais positivos: criação de oportunidades, volume ofensivo e uma semana cheia de treinos para corrigir detalhes. O auxiliar afirmou ver clareza na evolução e garantiu acreditar na reação da equipe; destacou ainda que o momento pede insistência nos acertos táticos e concentração até o apito final.

Inter: lições da partida e o que vem pela frente

Taticamente, o jogo evidenciou dois lados distintos: um Inter compacto e agressivo na etapa inicial, capaz de infiltrar e finalizar com eficiência; e um final de partida vulnerável nas transições defensivas e em bolas paradas. Esses pontos serão prioridades para a comissão técnica durante os treinos da semana, sobretudo a organização defensiva em cruzamentos e posicionamento nas bolas aéreas. Para o torcedor, a mensagem principal do comando técnico foi de que o clube ainda tem elenco e caráter suficientes para evitar a queda — resta transformar essa confiança em resultados já nas próximas rodadas.

Histórico e contexto: Vitinho voltou a aparecer como referência ofensiva em um momento de aperto do time, enquanto o Inter vive fase de oscilações que o colocou em disputa direta contra a zona de descenso. O clube agora precisa somar pontos com urgência, ajustando a defesa sem perder a capacidade de criação. A postura mostrada no Beira-Rio traz esperança, mas também exige ajustes práticos — especialmente nas situações de bola parada — para que a equipe converta atitude em triunfos.

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