Abel explode em emoção no Beira-Rio e dispara sobre sua permanência no Inter: ‘Hoje vou tomar um vinho caro’

Colorado vive noite de tensão, alívio e desabafo de seu maior técnico

A permanência do Internacional na Série A saiu no sufoco, mas saiu. A vitória por 3 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, somada às quedas de Ceará e Fortaleza, transformou o Beira-Rio em um caldeirão de nervos, lágrimas e orgulho. No centro de tudo estava Abel Braga, o treinador mais vitorioso da história colorada, que aceitou a missão quase impossível de comandar o time apenas nos dois jogos finais para evitar um desastre que assombrava o vestiário e a torcida.

Quando o apito final ecoou, o Gigante virou catarse. Abel, visivelmente emocionado, relembrou sua trajetória no clube e fez um paralelo ousado: colocou a batalha pela sobrevivência acima até do Mundial de 2006. Disse que, no Japão, o favoritismo era do Barcelona; agora, a pressão esmagava cada funcionário, cada torcedor, e ele sentia esse peso diariamente. O ídolo citou ameaças, tensão nos bastidores e a sensação de que o Inter carregava um drama coletivo. “Esse momento pra mim foi mais importante do que o Mundial… hoje eu sei a dor”, afirmou, num desabafo que sintetizou a noite.

Humilde como sempre, Abel fez questão de afastar comparações com lendas do campo, apontando Falcão, Fernandão e Valdomiro como intocáveis. Reforçou que sua história é de treinador, não de protagonista com a bola no pé. Logo depois, foi taxativo quanto ao futuro: repetir a função não está nos planos. Contou que trabalhou com o setor de análise durante a semana, que tomou calmantes antes da partida e que todo o processo, embora emocionante, deixou claro que seu ciclo à beira do campo se encerrou. Entre risos e exaustão, encerrou a coletiva com uma frase que virou símbolo da noite: “Só sei que hoje vou tomar um vinho caro”.

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