Inter aposta em estilo de jogo de Pezzolano e mira 2026 com futebol competitivo

Treinador uruguaio chega ao Beira-Rio com ideias claras, método rígido e promessa de um time protagonista mesmo em meio a desafios fora de campo

O Inter virou a página após não conseguir repatriar Tite, que optou pelo Cruzeiro, e fechou contrato de um ano com Paulo Pezzolano. Livre no mercado desde a saída do Watford, o uruguaio desembarcou em Porto Alegre na última sexta-feira ciente do cenário financeiro delicado, mas disposto a encarar o projeto. Desde então, tem circulado diariamente pelo Beira-Rio, alinhando decisões com Abel Braga e debatendo mudanças profundas no elenco para corrigir os erros de 2025 e se precaver diante de possíveis saídas.

Mesmo em meio à necessidade de ajustes e cortes, uma ideia parece inegociável para Pezzolano: o Inter precisa mandar nos jogos. Quem reforça esse conceito é Rômulo Caldeira, ex-volante que trabalhou com o treinador no Cruzeiro e detalhou o modelo exigido pelo comandante. Em entrevista ao portal “GZH”, ele revelou a obsessão pela bola e pela organização ofensiva. “Batíamos 60% de posse de bola em todos os jogos, em alguns chegamos até 75%. A parte ofensiva é muito boa, bem trabalhada, com movimentos bem coordenados. Pezzolano é um baita cara, um baita treinador. Tem um estilo muito europeu de trabalhar, no sentido de ter uma metodologia muito precisa”, afirmou.

A tendência, portanto, é ver um Inter mais agressivo, intenso e sufocante em 2026, buscando recuperar a bola rápido e ditar o ritmo desde o primeiro minuto. Esse modelo, claro, cobra um preço alto do ponto de vista físico, algo que já está no radar da comissão técnica. A preparação para sustentar esse padrão começa cedo: a pré-temporada está marcada para 3 de janeiro e será decisiva para moldar um time com a cara de Pezzolano — competitivo, organizado e com fome de protagonismo.

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