CBF quer seguir calendário da Série A até o dia 8 de dezembro e diz “NÃO” a pedido dos gaúhos

CBF parece não entender o problema que o povo gaúcho vive, além de pensar no eixo Rio-São Paulo.

CBF quer seguir calendário

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou sua intenção de manter o calendário da Série A do Brasileirão até o dia 8 de dezembro. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, afirmou neste domingo que a proposta será discutida em um Conselho Técnico Extraordinário com os clubes da Série A, marcado para esta segunda-feira. Rodrigues destacou a importância de encontrar uma solução que não prejudique o planejamento de férias dos atletas e não impacte negativamente o calendário de 2025.

Durante o evento Futebol Solidário, no Maracanã, Ednaldo Rodrigues conversou com a reportagem do SporTV e ressaltou a necessidade de ouvir as opiniões de todos os clubes envolvidos para chegar a um consenso. “Teremos uma reunião amanhã com todos os clubes da Série A, num Conselho Técnico Extraordinário, para buscar a melhor solução. Para que a competição não tenha uma extensão de calendário. A proposta da CBF é conciliar de uma forma que não traga consequências para todos os envolvidos, os clubes, os patrocinadores, os atletas, para não acrescerem seu período de férias. E também para não impactar no calendário de 2025”, explicou Rodrigues.

400 municípios em estado de calamidade

O campeonato foi paralisado na sétima rodada devido às chuvas intensas no Rio Grande do Sul, que causaram estragos em mais de 400 municípios, resultando na morte de mais de 160 pessoas e no alagamento dos estádios de Grêmio e Internacional. A CBF planeja retomar o campeonato no próximo fim de semana, a partir da sétima rodada. Sobre a possibilidade de jogar mais partidas durante o período da Copa América, Ednaldo afirmou que a CBF está propondo soluções para evitar uma extensão significativa do calendário.

Em relação à sugestão de suspender o rebaixamento, uma ideia defendida pelo técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, Rodrigues foi categórico ao descartar essa possibilidade. “Nós respeitamos os posicionamentos, porém o rebaixamento não é possível. Ele está atrelado a um estatuto da FIFA, da Conmebol, as leis Pelé e geral da CBF. Isso impactaria de uma competição ser questionada judicialmente. 38 rodadas já é difícil, 46 seria impossível, portanto, essa ideia a gente respeita, mas não podemos acatar e não vai acontecer”, finalizou o presidente da CBF.