O Internacional encerrou sua série de derrotas no Campeonato Brasileiro com uma impressionante virada sobre o São Paulo, em partida realizada no Beira-Rio na última quarta-feira (13). Os gols da vitória foram marcados por Bustos e Renê, laterais que se destacaram nas jogadas, revelando uma abordagem tática inovadora de Eduardo Coudet na estratégia ofensiva da equipe. Neste artigo, exploraremos como o desenho tático do time contribuiu para essa importante vitória.
Desfalques e substituições no elenco do Internacional
O Internacional enfrentou o São Paulo desfalcado de jogadores que estavam representando suas seleções na data FIFA, como o goleiro Rochet, o volante Aránguiz e o atacante Enner Valencia. Além disso, Luiz Adriano estava suspenso e Pedro Henrique em processo de recuperação de uma cirurgia no braço. Essas ausências levaram Coudet a promover Lucca no ataque e Bruno Henrique no meio-campo, enquanto Keiller substituiu Rochet na meta.
Mantendo seu esquema tático 4-1-3-2, Coudet posicionou Alan Patrick como o jogador mais próximo de Lucca. Por outro lado, o treinador do São Paulo, Dorival Jr., buscou uma formação que acomodasse Calleri, Luciano e Lucas Moura, dentro de um 4-2-3-1. Luciano atuou como meia central, próximo a Calleri, enquanto Lucas Moura começou pelo lado esquerdo. Durante as fases ofensivas, Moura centralizava e abria espaço para as subidas do lateral Caio Paulista.
O jogo e a virada do Internacional
O Internacional iniciou a partida em um ritmo forte e teve uma grande chance de abrir o placar com Mauricio. No entanto, o São Paulo começou a crescer quando conseguiu pressionar a saída de bola do Inter, resultando em um pênalti cometido por Keiller e convertido por Calleri, dando aos paulistas a vantagem no primeiro tempo.
Ajustes de Coudet no segundo tempo
Com opções limitadas no banco de reservas, Coudet fez duas substituições no intervalo, retirando os jogadores amarelados Mercado e Gabriel e colocando Nico Hernández e Rômulo em campo. Essas mudanças impulsionaram a atitude do Inter, que adiantou suas linhas de marcação e passou a pressionar o São Paulo, tornando difícil para os visitantes encontrar saídas.
Com a posse de bola, o Internacional ajustou sua estrutura, com Renê recuando para uma posição próxima aos zagueiros, formando uma linha de três defensores. Bustos, por sua vez, avançou pela direita, enquanto Mauricio se aproximava de Lucca para evitar que o ataque ficasse desguarnecido durante as recuperações defensivas.
O papel crucial dos laterais na virada do Internacional
Nesse cenário de pressão alta, os laterais do Internacional desempenharam papéis cruciais. Bustos, pela direita, explorou a baixa marcação de Lucas Moura e atacou com liberdade, oferecendo amplitude ao time. Além disso, ele frequentemente ingressava na área e marcou o gol de empate, aproveitando um rebote após um cruzamento de Wanderson.
Por outro lado, Renê desempenhou um papel mais central, iniciando a construção do jogo como um terceiro homem na saída de bola. Ele tinha a liberdade para avançar pelo campo, buscando espaços normalmente ocupados pelos volantes. Foi dessa posição que ele recebeu o passe de Alan Patrick e marcou o belo gol que selou a virada do Internacional.
Conclusão e perspectivas futuras
Essa vitória crucial permitiu ao Internacional abrir uma vantagem de oito pontos em relação à zona de rebaixamento, proporcionando uma maior tranquilidade à equipe à medida que se concentra cada vez mais na semifinal da Libertadores, onde enfrentará o Fluminense. A estratégia tática de Coudet, com laterais desempenhando papéis distintos e determinantes, foi fundamental para a virada da equipe e pode ser um elemento-chave em futuros desafios.
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