Inter de Coudet encanta na Libertadores mas deve no Brasileirão
Os últimos dois meses sob o comando de Eduardo Coudet no Internacional foram uma montanha-russa emocional para os torcedores colorados. Em sua 13ª partida à frente da equipe, que acontece nesta quinta-feira contra o Athletico-PR, Coudet celebra uma campanha quase perfeita na Libertadores, mas também enfrenta preocupações no Campeonato Brasileiro. Sua passagem tem sido marcada por altos e baixos, algo que os colorados já estão familiarizados com o “Chacho.”
Em termos matemáticos, o desempenho de Coudet não reflete euforia. Em 12 jogos combinando Libertadores e Brasileirão, o técnico argentino alcançou um aproveitamento de 44%. No Brasileirão, a situação é ainda mais delicada, com apenas uma vitória em oito jogos disputados. Se considerássemos apenas o desempenho sob o comando de Coudet, o Internacional estaria na 18ª posição. Atualmente, o time ocupa o 12º lugar na tabela, uma posição abaixo da classificação quando Mano Menezes foi demitido após 15 jogos, com seis vitórias e quatro empates.
Inter precisa mudar esse cenário
No entanto, o futebol não é apenas números, e uma terça-feira memorável na Libertadores pode explicar o entusiasmo dos torcedores colorados. Após perder por 2 a 1 em Buenos Aires, a torcida bateu o recorde de público do Beira-Rio desde a Copa do Mundo de 2014 e, em uma emocionante disputa de pênaltis, o Internacional eliminou o adversário argentino. Foi uma demonstração do estilo “Chacho” de jogo, com intensidade e paixão, que fez os torcedores colorados acreditarem em um futuro brilhante.
Coudet se identifica com a paixão dos torcedores do Inter e se sente em casa no clube. Ele expressou sua satisfação com a experiência:
“Sou feliz aqui. Me identifico com essa loucura que tem o torcedor do Inter. Da outra vez foram poucos momentos assim, por causa da pandemia. Agora estou desfrutando também. Jogar com nossos torcedores nos dá um plus.”
Uma das características notáveis da passagem de Coudet em 2023 é sua flexibilidade tática. Em uma partida na altitude de La Paz, ele adaptou a equipe, priorizando a cautela e adotando uma formação com cinco defensores para enfrentar as condições desafiadoras a 3,6 mil metros acima do nível do mar.
A adaptação de Coudet ao futebol brasileiro também é evidente. Ele demonstrou maior confiança e flexibilidade em seu trabalho, ouvindo e se adaptando às situações. Além disso, sua comunicação com os torcedores e a equipe tem sido mais eficaz.
Apesar do desempenho modesto no Brasileirão, a preocupação principal da torcida é a busca por uma vaga na final da Libertadores, o grande sonho colorado. O terceiro mês de Coudet à frente do Inter será determinante para o futuro na competição continental e, de certa forma, para sua continuidade no clube, já que seu contrato vai até dezembro. Cada jogo é uma oportunidade de evolução e um passo em direção a um desfecho positivo na temporada.
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