Repercussão na Europa expõe Inter e aumenta pressão sobre Abel

Foto: divulgação

Citada por jornais europeus, fala do treinador colorado amplia desgaste em meio à luta contra o rebaixamento

A turbulência que já dominava o Inter ganhou um capítulo ainda mais incômodo depois que a declaração homofóbica de Abel Braga, feita em coletiva, cruzou o Atlântico e virou pauta em veículos de grande circulação na Europa. O tradicional AS, da Espanha, tratou o episódio como “escândalo” e o inseriu no contexto de instabilidade que cerca o Internacional em plena reta final do Brasileirão, período em que o clube tenta, a duras penas, escapar da zona de risco.

Os espanhóis apontaram o caso como reflexo do “caos” que pressiona direção, elenco e comissão técnica. O treinador, ao comentar o uso de cores diferentes nos treinos, utilizou a frase que desencadeou a polêmica: “Eu falei: ‘Pô, eu não quero meu time treinando de camisa rosa, parece time de viado’”. A fala rapidamente tomou força, provocou reação de torcedores e entidades e, em poucas horas, já estava replicada pela imprensa internacional — mais combustível em um ambiente já sensível.

Repercussão na Europa expõe Inter e aumenta pressão sobre Abel
Foto: Ricardo Duarte / Internacional

Com a repercussão crescendo, Abel divulgou uma nota pedindo desculpas e reconhecendo o erro:

“Não fiz uma colocação boa sobre a cor rosa durante a minha coletiva. Antes que isso se prolifere, peço desculpas. Cores não definem gêneros. O que define é caráter. O Internacional precisa de paz e muito trabalho.”

A manifestação conteve pouco do impacto: a gravidade do termo usado manteve o treinador sob forte pressão, justamente no momento em que o Inter precisava de calma, unidade e foco para reagir dentro de campo. Na prática, o episódio se soma à sequência de resultados ruins e aumenta o ruído em um clube que vive dias de tensão máxima.

Repercussão na Europa expõe Inter e aumenta pressão sobre Abel
Foto: Ricardo Duarte

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