Após eliminação do Internacional para o Fluminense na Copa do Brasil, Alan Patrick lamenta resultado e cobra regularidade do elenco para o restante da temporada.
Logo após o apito final no Maracanã, o semblante de Alan Patrick disse muito. Capitão e referência técnica do Internacional, o camisa 10 foi direto ao ponto: frustração. O empate por 1 a 1 com o Fluminense, nesta quarta-feira (6), selou a eliminação do Colorado nas oitavas de final da Copa do Brasil. A vantagem carioca construída no jogo de ida vitória por 2 a 1 no Beira-Rio foi suficiente para garantir a classificação do time de Renato Gaúcho.
Com olhos baixos e palavras medidas, Alan Patrick falou com a imprensa ainda no gramado. Sem rodeios, reconheceu o peso do revés.
“É difícil encontrar palavras. É uma eliminação que dói e nos deixa frustrados. Esperávamos vir aqui e conseguir essa virada. Acho que lutamos, tentamos até o fim. Infelizmente, o erro acabou nos penalizando e custando caro” afirmou o meia.
Foto: Reprodução
O erro citado pelo capitão remete à falha de Ronaldo no início do segundo tempo, quando perdeu a bola no meio-campo e iniciou o contra-ataque que resultou no gol de Canobbio para o Fluminense. Mesmo com o empate conquistado posteriormente por Alan Patrick, em cobrança de pênalti, o Internacional não teve força para virar.
A entrevista, ainda quente, teve também tom de cobrança. Alan apontou a instabilidade da equipe como um fator preocupante.
“Agora é rever, trabalhar não tem outro segredo. Também precisamos nos cobrar, porque precisamos voltar a nos reencontrar com a vitória, e não apenas vencer uma vez e depois voltar a oscilar. Precisamos buscar o equilíbrio que esse grupo já mostrou ser capaz de alcançar” completou.
Foto: Ricardo Duarte/SCI
A fala resume o momento do Internacional: um elenco que, apesar da qualidade, não consegue manter constância nas competições. As oscilações vêm cobrando preço alto como nesta eliminação.
Com o adeus à Copa do Brasil, restam ao Inter o Campeonato Brasileiro e a Libertadores para buscar um título em 2025. A diretoria, que até aqui tem bancado o trabalho de Roger Machado, também deve passar a ser cobrada com mais intensidade pelos torcedores, especialmente diante das decisões que resultaram em erros técnicos visíveis.
No vestiário, Alan Patrick foi a voz da razão. No campo, no entanto, os discursos precisam se transformar em atuações mais sólidas. E rápido.