Crise no Inter: D’Alessandro vira alvo, mas Bolívar sai em defesa do ex-companheiro

A turbulência que cerca o Internacional nas últimas semanas não tem poupado ninguém. Após mais uma derrota — desta vez para o Fluminense —, a pressão sobre a diretoria colorada cresceu. No desembarque em Porto Alegre, torcedores protestaram com cânticos e críticas diretas aos dirigentes, enquanto as redes sociais foram tomadas por cobranças e pedidos por mudanças imediatas.

Entre os nomes mais visados estão José Olavo Bisol, que tentou conter a crise com um pronunciamento em defesa da gestão, e Andrés D’Alessandro, atual diretor esportivo. O ídolo argentino vem sendo cobrado por parte da torcida por não se posicionar publicamente sobre os problemas internos do elenco, preferindo, segundo críticas, apelar ao apoio do torcedor no Beira-Rio em momentos delicados.

Em meio às críticas, um ex-líder colorado decidiu falar. Bolívar, ex-zagueiro e capitão em títulos importantes do Inter, saiu em defesa do antigo companheiro. Em entrevista à Rádio Grenal, o “General” garantiu que D’Alessandro tem atuado com firmeza nos bastidores e que as cobranças aos jogadores não estão sendo negligenciadas.

“Tenho certeza de que o D’Ale está cobrando mais do que imaginam. Os jogadores precisam assumir responsabilidade, não podem depender apenas do diretor para reagir. A solução vem de dentro, entre eles”, afirmou Bolívar, destacando a necessidade de autocrítica no grupo.

Pressão aumenta sobre o vestiário e o Inter busca reação

O ex-capitão também lembrou que a vaidade dos atletas pode atrapalhar o ambiente e elogiou o papel de D’Alessandro em tentar equilibrar essa dinâmica. “Quem vive um vestiário sabe que há hierarquias, egos e disputas. O D’Ale está ali para cobrar e manter o grupo unido — e tenho certeza que ele está fazendo isso”, completou.

Com o técnico Ramón Díaz tentando reorganizar o time e a torcida cada vez mais impaciente, o Internacional chega ao fim de outubro pressionado por resultados e em busca de estabilidade dentro e fora de campo. O próximo desafio promete ser decisivo para medir o clima no Beira-Rio — e o quanto as cobranças internas surtirão efeito.

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