O Internacional definiu Ramón Díaz como seu novo treinador em escolha que privilegiou experiência e capacidade de resposta imediata. Luis Zubeldia chegou a ser considerado, porém perdeu espaço na avaliação da diretoria após entrevistas e análises internas.

Nos encontros com a comissão executiva, Díaz apresentou um discurso que convenceu pela objetividade e pela forma de lidar com o grupo. A impressão deixada pelo argentino foi a de um técnico capaz de gerar reação rápida entre os jogadores — atributo que pesou diante da urgência do momento do clube.

O cenário esportivo atravessado pelo time foi decisivo: a prioridade da cúpula foi encontrar alguém que tenha trânsito no vestiário e possa cortar a sequência negativa com mais agilidade. Zubeldia, apesar do prestígio e das ideias consideradas promissoras, foi visto como um projeto que exigiria mais tempo para ser implementado.

Antes dessa rodada de conversas, o Inter já havia mantido contato com Díaz logo após sua saída do Olimpia, no Paraguai; a investida não avançou naquele momento porque Roger Machado ainda ocupava o banco. Agora, com o acordo fechado, a direção aposta na experiência do argentino.

Díaz volta a trabalhar com nomes que conhece: Gabriel Mercado e Andrés D’Alessandro estarão entre os profissionais com quem o treinador já dividiu vestiário no River Plate. Há ainda a referência a um encontro profissional com o atual diretor esportivo, que remonta ao período em que ambos passaram pelo San Lorenzo em 2008.

No Brasil, o novo técnico terá sua quarta passagem por clubes nacionais — já passou por Vasco, Corinthians e teve vínculo com o Botafogo (encerrado antes da estreia). O contrato com o Colorado vai até o fim de 2026. A previsão é que Díaz dirija sua primeira partida no sábado, às 18h30, no Alfredo Jaconi, diante do Juventude, pela 25ª rodada do Brasileirão.

Por que Ramón Díaz encaixa no Inter agora

A contratação responde a duas urgências: estabilizar desempenho e recuperar o clima interno. Ramón traz no currículo a trajetória de multicampeão no River Plate e experiência em diferentes mercados — traços valorizados por uma diretoria que busca soluções rápidas. Será também o oitavo técnico da gestão de Alessandro Barcellos, que já passou por Abel Braga, Miguel Ángel Ramírez, Diego Aguirre, Alexander “Cacique” Medina, Mano Menezes, Eduardo Coudet e Roger Machado. A tarefa imediata é simples na teoria e complexa na prática: somar pontos já nas próximas rodadas e dar ao time confiança suficiente para mirar posições mais altas.

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