Em nome da história: Internacional se mobiliza para ser reconhecido como campeão brasileiro de 2005

Internacional busca reconhecimento como campeão brasileiro de 2005; conselheiros citam casos de Palmeiras e Atlético-MG para fortalecer o pedido.

O Internacional voltou a colocar em pauta uma das maiores polêmicas do futebol nacional. Um grupo de conselheiros colorados articula nos bastidores o reconhecimento do clube como legítimo campeão brasileiro de 2005. A mobilização é liderada pelo advogado Leonardo Aquino, que defende a legitimidade da causa e mira precedentes recentes no futebol brasileiro para fortalecer o pleito.

Aquino recorda que o Palmeiras conseguiu junto à FIFA o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como título mundial, conquista amplamente celebrada por sua torcida. Outro exemplo é o do Atlético-MG, que obteve da CBF a validação do Torneio dos Campeões de 1937 como título oficial de Campeonato Brasileiro. Casos que, segundo o advogado, servem como respaldo para a iniciativa colorada.

“Assim como Palmeiras e Atlético-MG batalharam pelo que entendiam ser justo, o Inter também precisa lutar. O Brasileirão de 2005 foi marcado por irregularidades graves e não pode ser esquecido”, destacou Aquino, em referência direta ao episódio que ficou conhecido como Máfia do Apito.

Naquele ano, a manipulação de resultados levou à anulação de 11 partidas. Entre os beneficiados esteve o Corinthians, que recuperou pontos cruciais e terminou a competição à frente do Internacional, levantando a taça em meio a protestos e questionamentos que seguem vivos até hoje.

A estratégia dos conselheiros é clara: apresentar nos próximos meses um pedido formal à CBF, acompanhado de documentos e fundamentos jurídicos, solicitando a reavaliação da edição de 2005. A expectativa é de que a medida gere amplo debate, não apenas no cenário colorado, mas em todo o futebol brasileiro, ao reabrir uma das discussões mais controversas da história recente do Brasileirão.

Mais que uma luta pelo passado, o movimento simboliza a busca por justiça esportiva e por uma narrativa que, segundo seus defensores, precisa ser corrigida oficialmente.

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