Inter um exército de respeito
O Internacional, popularmente conhecido como Colorado, está na corrida pela taça da Libertadores de 2023 e um dos segredos do seu sucesso é um elenco repleto de líderes. Dos 33 jogadores que integram a equipe, impressionantes 11 deles já usaram a cobiçada braçadeira de capitão em algum momento de suas carreiras, seja no Inter ou em outros clubes e seleções. Essa abundância de liderança no elenco se tornou uma arma valiosa para o time, especialmente à medida que avançam para as semifinais da competição e preparam-se para enfrentar o Fluminense.
A função de um capitão em uma equipe de futebol vai além de apenas usar a braçadeira. É uma responsabilidade que envolve a gestão do vestiário, a negociação com dirigentes, o diálogo com a comissão técnica, a cobrança e o apoio aos companheiros, e, no campo, servir como porta-voz. Em alguns países, como Itália e França, a escolha do capitão é realizada por meio de votação fechada no vestiário, destacando a importância desta função.
A influência e impacto dos capitães no futebol também são confirmados pela ciência. Psicólogas da PUC-RS, Fernanda Larruscaim e Rafaella dos Santos Kochenborger, conduziram um estudo para entender o papel dos capitães durante as partidas de futebol, observando jogos em Porto Alegre. Elas identificaram que os capitães não são apenas líderes formais, mas também os porta-vozes das equipes. Em momentos de conflito e tensão, os capitães desempenham um papel crucial ao manter o foco e elevar a confiança da equipe, transformando os desafios em motivação.
O Inter não é estranho a ter um elenco repleto de personalidades e líderes. O ex-capitão Bolívar, conhecido como “General”, destaca a importância de ter tantos líderes em uma equipe, ressaltando que isso preenche uma carência que o time experimentou em algum momento. Jogadores que podem organizar o time em campo, especialmente quando não é possível ouvir o treinador, são inestimáveis para o sucesso da equipe.
Outro ícone da história colorada, Elías Figueroa, também enfatiza os benefícios de ter vários líderes no vestiário. Para ele, quando esses líderes trabalham em conjunto pelo bem da equipe, o resultado é notável. Ele lembra de uma época em que liderou um vestiário repleto de jogadores talentosos e personalidades fortes.
A preocupação de que ter tantos líderes possa causar problemas no ambiente de equipe não parece ser uma questão para Bolívar. Ele acredita que jogadores experientes entendem a importância da solidariedade e colocam o sucesso da equipe acima de suas vaidades individuais.
Na corrida pela taça da Libertadores de 2023, a presença de tantos líderes no Inter se torna um ativo valioso, não apenas dentro de campo, mas também nos momentos de tensão e nas negociações com árbitros e adversários. Esses capitães são fundamentais para manter a tranquilidade da equipe no Maracanã lotado e para buscar a classificação em casa, mostrando que a falta de casca e de braçadeira não é motivo de preocupação para o Colorado.
Conhecendo os Capitães do Inter
O elenco do Internacional está repleto de jogadores que já carregaram a braçadeira de capitão em algum momento de suas carreiras, tornando-se líderes formidáveis. Aqui estão alguns dos capitães do Inter:
Alan Patrick: Virou capitão em 2023, demonstrando sua ascendência técnica e respeito entre os companheiros. Ele é conhecido por sua atitude em campo e prefere agir com ações em vez de palavras.
Rochet: Capitão do Nacional-URU, ele era tão influente que a braçadeira permaneceu com ele mesmo depois da chegada de Luis Suárez ao clube.
Mallo: O jogador passou a maior parte de sua carreira no Celta de Vigo, onde foi capitão em mais da metade dos 443 jogos que disputou pelo clube.
Gabriel: Conhecido por sua liderança no Corinthians, ele trouxe sua energia, entrega e força para o Inter e se tornou capitão em 2022.
Mercado: Representando a Argentina em Copas do Mundo e no Mundial Sub-20, além de suas conquistas com o River Plate, ele é uma liderança no vestiário e com a arbitragem, especialmente em jogos da Libertadores.
Renê: Recebeu elogios e incentivo de D’Alessandro para ser uma figura de liderança no vestiário.
Valencia: Capitão da seleção equatoriana, é um ícone do futebol em seu país e é conhecido por liderar no vestiário.
Aránguiz: Mesmo sendo um jogador discreto, ele usou a braçadeira no Bayer Leverkusen na Alemanha, revelando sua capacidade de liderança em situações desafiadoras.
Bruno Henrique: Uma figura de liderança no Palmeiras e Corinthians, ele é respeitado em ambos os clubes e é um candidato natural a ser capitão do Inter.
Luiz Adriano: Capitão na última partida, ele tem o tempo de casa e um título mundial a seu favor, além de uma forte identificação com o clube.
Campanharo: Mesmo perdendo espaço, ele continua a ser uma liderança no Inter, fornecendo confiança e incentivo aos colegas.
Com um elenco repleto de líderes, o Internacional enfrenta desafios com confiança na busca pela glória na Libertadores de 2023.
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