Inter tem parte da direção que é contra a aprovação da parceria do Gigantinho
Contrato de parceria para a gestão do ginásio será votado pelo Conselho Deliberativo
Nesta segunda-feira (25), o Conselho Deliberativo votará o contrato de parceria para gestão do Gigantinho. Pelo memorando assinado lá no final de 2020 e revisto em 2022, o consórcio Opus/DC Set assume o ginásio por 20 anos e assume sua modernização. Podem apostar, será mais uma noite de debates e de confirmação da polarização política no clube.
Isso porque a gestão atual, embora tenha renegociado o contrato e alterado itens do que havia sido acordado lá em 2020, entende que os termos do negócio são desfavoráveis ao clube. Integrantes de oposição, no entanto, defendem a resolução de um destino ao ginásio, alinhavada no último ano da gestão Marcelo Medeiros.
O memorando entre o Inter e a duas produtoras foi assinado no final de 2020. Em 2021, ainda sob os efeitos da pandemia, as produtoras fizeram uma análise minuciosa sobre o investimento. No ano passado, as tratativas foram retomadas, e pontos do acordo rediscutidos. A gestão Alessandro Barcellos questionou pontos como a renovação automática por mais 20 anos. Valores foram revistos.
As luvas foram reduzidas, de R$ 7,5 milhões por 40 anos, para R$ 1,5 milhão. O valor anual a ser repassado pela subiu de R$ 500 mil para R$ 600 mil, o que dá R$ 50 mil mensais. Em caso de venda de naming rights, 15% do valor líquido será pago ao Inter, além de valor de receitas variáveis de patrocínio. O clube incluiu no acordo um desconto de 10% aos associados nos shows, além de preferência na compra.
Mesmo com pedidos atendidos, a gestão atual considera que o negócio é desfavorável e defenderá essa posição no Conselho. Segundo o vice de administração Victor Grunberg, em 2022, o aluguel do ginásio, para um evento, custa R$ 40 mil. O Gigantinho gerou quase R$ 1 milhão de receitas em 2022, conforme o dirigente. Boa parte do valor foram aplicados em manutenção. Nestes três anos de gestão, foram investidos cerca de R$ 600 mil, boa parte em PPCI. Houve também reforma em banheiros e pintura em cadeiras.
Grunberg estima que custaria cerca de R$ 1 milhão tirar a estrutura do clube instalada no ginásio, caso da Feci, ali instalada. Esse gasto consumiria dois terços das luvas a serem recebidas. Por estimativas como essa, a direção defende que a proposta seja reprovada na segunda-feira. Pelo memorando assinado em 2020 e revisado em 2022, é obrigatório que passe pelo Conselho. O que, mais uma vez, provocará debates acalorados, pelo ambiente polarizado na política colorada.
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