Roger resiste: por que o Internacional mantém o técnico mesmo com pressão máxima

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Foto: Reprodução

Enquete: Roger Machado deve continuar no comando do Inter?
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O ambiente no Internacional está longe de ser tranquilo. A eliminação na Copa do Brasil, somada à sequência de resultados negativos no Brasileirão, acendeu o alerta em todos os setores do clube. A torcida pressiona, os protestos se intensificam e o desempenho em campo não convence. Ainda assim, em um momento onde a troca de comando técnico pareceria natural, o Colorado bancou Roger Machado. E os motivos vão além do campo.

O técnico, criticado nas arquibancadas e nas redes sociais, foi chamado de “burro” ao ter seu nome anunciado no Beira-Rio. O desgaste é evidente. Mas, ao menos por enquanto, não será determinante. A diretoria acredita na manutenção do projeto e vê em Roger alguém com bom trânsito interno, especialmente com o grupo de jogadores.

José Olavo Bisol, vice de futebol do Internacional. Foto: Ricardo Duarte/SCI
José Olavo Bisol, vice de futebol do Internacional. Foto: Ricardo Duarte/SCI

A defesa pública veio logo após o empate com o Fluminense, que selou a eliminação na Copa do Brasil. Foi o vice-presidente de futebol, José Olavo Bisol, quem reafirmou o respaldo ao treinador.

“Temos convicção no trabalho. Participamos ativamente da montagem do elenco, das estratégias. E acreditamos que daremos a volta por cima”, disse.

Para a cúpula colorada, o momento exige mais estabilidade do que ruptura. Em especial, por causa do que está por vir. A Libertadores é prioridade absoluta e demitir Roger às vésperas do confronto com o Flamengo traria riscos logísticos e estratégicos. O mercado de treinadores está restrito, e um novo comandante teria tempo mínimo para adaptação e imposição de ideias. O risco de mais um fracasso aumentaria.

Além disso, o discurso interno também é de confiança na gestão de grupo. Bisol aposta no poder de mobilização do técnico.

Alessandro Barcellos Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional

“O futebol é gestão permanente de pessoas. Roger tem bom ambiente com o elenco, e isso é importante para reagirmos”, explicou.

A questão física, porém, é mais um fator que complica o cenário. Mercado saiu com dores na panturrilha direita após o jogo no Maracanã. Carbonero sentiu a coxa esquerda e Richard teve um choque de cabeça. O departamento médico agora também entra na equação, com desfalques prováveis em um momento-chave.

A torcida, por sua vez, parece não aceitar mais o discurso da paciência. Cartazes, faixas e campanhas nas redes sociais pedem a saída do treinador. A pressão cresce a cada má atuação. E um novo fracasso especialmente na Libertadores pode selar o destino de Roger no Beira-Rio.

Neste sábado, contra o Bragantino, o Inter encara mais do que um jogo do Brasileirão. Entra em campo para tentar reencontrar a confiança, reorganizar o sistema e mostrar que há um plano. Na quarta, o desafio é ainda maior: o Flamengo, fora de casa, pelas oitavas de final da competição continental. Será a hora da verdade para Roger Machado e, talvez, para a direção que ainda aposta nele.

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Foto: Tomás Hammes

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