Presidência acumula números expressivos com técnicos de fora do país e reacende debate interno sobre identidade e resultados
Desde que Alessandro Barcellos assumiu o comando político do Inter no começo de 2021, o clube vive uma sequência marcada por mudanças constantes no banco de reservas — e, principalmente, pela preferência por treinadores estrangeiros. Reeleito em 2023, o presidente prometeu renovação de métodos e maior investimento na formação, mas conviveu com forte cobrança por desempenho e até com movimentações internas discutindo um possível impeachment. Ainda assim, o que mais chamou atenção nos bastidores foi a revelação de que quase 70% dos técnicos contratados pela atual gestão são nomes vindos de fora do Brasil, número que surpreendeu parte da torcida colorada.
Nesse período, seis profissionais estrangeiros passaram pelo Beira-Rio. O espanhol Miguel Ángel Ramírez, o primeiro escolhido após a saída de Abel Braga do comando técnico, deixou aproveitamento de 53,9% em 21 jogos. Os uruguaios Diego Aguirre e Alexander Medina vieram na sequência, com 42,8% em 35 partidas e 47% em 17 confrontos, respectivamente. Depois, Eduardo Coudet, argentino, apresentou o melhor rendimento entre os gringos: 56,4% de aproveitamento em 62 jogos, campanha que levou o Inter até a semifinal da Libertadores de 2023 e que estabeleceu a régua mais alta dentro desse recorte.
Já Ramón Díaz, também argentino, fechou sua curta passagem com 35,9% em 13 duelos. Agora, Paulo Pezzolano, terceiro uruguaio dessa lista, chega com o desafio de recuperar competitividade e transformar expectativa em resultado — tudo isso antes mesmo de estrear oficialmente.

Mesmo com tantos nomes internacionais, o melhor desempenho no período não veio de fora. Abel Braga, hoje diretor técnico, somou 60,6% de aproveitamento enquanto esteve na casamata sob a presidência de Barcellos, índice que alimenta discussões sobre o quanto a busca por modelos estrangeiros realmente impactou a rotina colorada. Se o dado demonstra abertura para novas ideias, também expõe a pressão por estabilidade, continuidade e, principalmente, resultados — algo que Pezzolano precisará entregar para que a era Barcellos não seja lembrada apenas pela constante troca de comando e pelo fascínio por técnicos de outros mercados.

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