Internacional vive pior temporada em dez anos e volta a sofrer com falhas defensivas

A derrota do Internacional por 3 a 1 para o Mirassol, na última quarta-feira, ampliou a lista de decepções do Internacional em 2025. O resultado manteve o time de Ramón Díaz na 15ª posição do Campeonato Brasileiro, com apenas seis pontos de vantagem sobre o Vitória — primeiro clube dentro da zona de rebaixamento. Mais preocupante que a tabela, porém, é o desempenho defensivo: o Colorado tem uma das piores defesas do país.

Em 27 jogos disputados no Brasileirão, o Internacional foi superado em 41 oportunidades. Entre os 20 clubes da competição, apenas Vitória, Fortaleza e Sport Recife — todos no Z4 — sofreram mais gols. A inconsistência atrás virou marca de uma equipe que não consegue sustentar resultados, mesmo sob novo comando técnico após a saída de Roger Machado e a chegada de Ramón Díaz, logo depois do Gre-Nal 448.

Levantamento do portal GZH mostrou que o cenário é o pior dos últimos dez anos. Desde 2015, o Inter não encerrava uma temporada sofrendo tantos gols em sequência. Nem mesmo no ano do rebaixamento, em 2016, o número de partidas com três ou mais gols sofridos foi tão alto.

Internacional repete fantasmas do passado

Em 2025, o time foi vazado três vezes ou mais em oito partidas — o dobro do registrado em 2016, quando isso aconteceu em apenas quatro jogos. A última vez que a defesa havia apresentado números tão negativos foi justamente em 2015, quando o Colorado levou três ou mais gols em dez compromissos.

Os vexames recentes incluem goleadas para Atlético Nacional (3×1), Botafogo (4×0) e Palmeiras (4×0), além dos empates e derrotas com muitos gols diante de Nacional (3×3), Corinthians (4×2), Flamengo (3×1), Grêmio (3×2) e o recente Mirassol (3×1).

Nos últimos dez anos, o retrospecto de partidas em que o Internacional sofreu três ou mais gols foi o seguinte:
2016 – 4 jogos;
2017 – nenhum;
2018 – 1 jogos;
2019 – 1 jogos;
2020 – 3 jogos;
2021 – 2 jogos;
2022 – 6 jogos;
2023 – 4 jogos;
2024 – 2 jogos;
2025 – 8jogos.

Com a sequência de falhas e uma defesa vulnerável, Ramón Díaz enfrenta o maior desafio desde que assumiu o comando colorado: recuperar a solidez de um sistema que, historicamente, sempre foi símbolo de competitividade no Beira-Rio.

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