O nome de Paulo Paixão voltou aos holofotes do Internacional após a demissão de Roger Machado e de toda a comissão técnica. Ídolo colorado e um dos preparadores físicos mais vitoriosos do futebol brasileiro, o profissional decidiu se manifestar sobre as críticas que recebeu durante sua passagem recente pelo Internacional.
Em conversa com o comunicador Pedro Ernesto Denardin, Paixão demonstrou certo incômodo com os comentários de que o time estaria mal condicionado fisicamente. Segundo relato do jornalista, o ex-preparador afirmou que o grupo enfrentava um momento de instabilidade, e não de falta de preparo. “O ambiente estava pesado, os resultados não vinham. O elenco precisava de um empurrão, de confiança, não de mais treinos”, teria dito Paixão, segundo Denardin.
O multicampeão destacou ainda o bom trabalho que o argentino Ramón Díaz vem realizando à frente da equipe, reconhecendo a evolução recente, mas lembrando que a base física dos atletas já havia sido construída antes da mudança no comando.
“Ele mesmo disse que o Inter voltou a correr, que o time está mais intenso, com ritmo e força. E completou: ‘Pedro, imagina… quem faz dois no Botafogo, podendo fazer seis, em campo encharcado, será que não tem preparo físico?’”, relatou Denardin.
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Internacional ganha nova energia com Ramón Díaz
Desde a chegada de Ramón Díaz, o Internacional exibe uma postura completamente diferente: mais intensidade, pressão alta e recuperação rápida da bola. O desempenho em campo reacendeu a confiança da torcida e consolidou o novo treinador como peça-chave na reação colorada.
Paulo Paixão, porém, defende que a estrutura física da equipe já estava pronta antes da troca. “O trabalho foi feito, a base estava ali. A confiança é que mudou”, teria comentado o ex-preparador, reforçando que o condicionamento não era o problema central.
Com a sequência positiva e a retomada da competitividade, o Inter agora mira os próximos compromissos com otimismo — e a discussão sobre o preparo físico parece cada vez mais coisa do passado.