Ex-preparador rebate críticas ‘ao vivo’ e diz que queda do Internacional foi mais emocional do que física

Foto: divulgação

O debate sobre o preparo físico do Internacional voltou a ganhar força nesta quarta-feira (8) após novas declarações do ex-preparador Paulo Paixão. Em entrevista ao programa Debate Raiz, o profissional, reconhecido na área de preparação física no país, contestou análises que atribuíram oscilações de rendimento do time exclusivamente ao condicionamento físico.

Paixão lembrou ter conversado recentemente com o comunicador Pedro Ernesto Denardin e citou um vídeo do professor Élio Carravetta usado como parâmetro por parte da imprensa. Para ele, a ideia de que o time poderia estar “mal fisicamente” num jogo e claramente recuperado dias depois não se sustenta: mudanças tão rápidas, defende, passam pelo aspecto mental e pelo contexto emocional da equipe, não por uma alteração significativa no trabalho físico em poucos dias.

O ex-responsável pelos relatórios de desempenho afirmou ainda que todos os dados sobre condicionamento permanecem acessíveis à comissão técnica atual e que, enquanto esteve no clube, não identificou problemas físicos relevantes. Ele criticou a tendência de apontar culpados após mudanças de comando e disse acreditar que a prioridade naquele momento era recuperar o ânimo do grupo, não revisar programas de treinamento.

Paixão também reconheceu o impacto positivo causado pela entrada do novo comando técnico. Ele destacou a evolução do ambiente interno sob a liderança de Ramón Díaz, apontando ganho de confiança no elenco como fator determinante para o rendimento em campo.

Ex-preparador rebate críticas 'ao vivo' e diz que queda do Internacional foi mais emocional do que física
Foto: debate raiz

Internacional: o emocional como variável determinante

A declaração reacende uma discussão recorrente nos bastidores do Beira-Rio: até que ponto oscilações de desempenho refletem preparo físico versus clima interno? No vestiário, segundo Paixão, a melhora percebida com a nova comissão teria sido responsável por transformar a entrega coletiva — algo que, em sua avaliação, explica resultados próximos no curto prazo entre confrontos como os contra Corinthians e Botafogo.

O episódio coloca em evidência dois pontos centrais para o clube: a transparência dos relatórios de condicionamento físico — que, conforme o ex-preparador, existem e foram deixados à disposição — e a importância de gerir o estado anímico de um elenco em transição. Com trocas na comissão técnica e repercussões públicas, o debate sobre causa e efeito seguirá alimentando análises dentro e fora do Beira-Rio.

Ex-preparador rebate críticas 'ao vivo' e diz que queda do Internacional foi mais emocional do que física
Foto: Ricardo Duarte/SCI

Veja mais noticias do Internacional