Derrota para o Fluminense escancara os problemas do Internacional, e pressão cresce por mudanças de Roger Machado antes do confronto com o Flamengo.

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Ricardo Duarte / Internacional

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Inter sente o baque, e Roger precisa agir: mudar ou sucumbir?

O Internacional está em um ponto de inflexão. A derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no Beira-Rio, não foi apenas mais um tropeço no calendário foi o espelho virado para a própria realidade. O desempenho da equipe já vinha preocupando há algumas rodadas, mas desta vez, a tabela cobrou com juros. O jogo evidenciou: não basta vencer times frágeis como Vitória, Ceará e Santos. É hora de encarar os próprios limites.

O problema não é só o resultado, é o futebol. Contra o Vasco, no jogo anterior, o Inter fez um primeiro tempo constrangedor e reagiu apenas na base do improviso. Frente ao Fluminense, na ida das oitavas da Copa do Brasil, as fragilidades ganharam nome, sobrenome e local de origem: o lado esquerdo da defesa. Bernabei é vulnerável e quando Fernando está fora, a cobertura que já era instável desmorona de vez.

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Foto Ricardo Duarte/Internacional

Thiago Maia, que herdou a missão de proteger a retaguarda, não tem a agilidade necessária para cobrir aquele setor com eficiência. No segundo gol do Flu, Serna envolveu a marcação com facilidade. Bernabei ficou exposto, Victor Gabriel foi atraído e, quando Maia chegou, a bola já estava nas redes com Everaldo. Tudo muito simbólico.

A discussão que atravessa as arquibancadas e invade os corredores do Beira-Rio agora é clara: Roger Machado precisa mexer. O atual modelo de jogo, com dois pontas abertos e Alan Patrick centralizado, se tornou previsível. Quando Alan é anulado, o time perde o cérebro. Fica sem ideias, sem volume e sem capacidade de propor.

A sugestão que ecoa com mais força é a adoção de um sistema com três zagueiros. Um esquema que permita reforçar o lado vulnerável da defesa, proteger Bernabei com a aproximação de Victor Gabriel, e liberar os laterais para atacar sem tanto risco. Wesley, em má fase, sairia. A perda ofensiva poderia ser compensada com maior presença e segurança no setor de criação.

Além disso, há alternativas no meio. Bruno Tabata pode entrar como articulador, e a dupla Maia-Bruno Henrique pode ser utilizada conforme o adversário. Roger já testou variações com um volante recuando para compor a zaga. Agora, talvez seja a hora de oficializar isso. Contra o Flamengo, nas oitavas da Libertadores, qualquer vacilo pode custar caro. O Inter vai encarar um adversário mais qualificado — e jogar no Maracanã exige mais que coragem. Exige estratégia.

Antes disso, o Colorado ainda tenta reverter o placar contra o próprio Fluminense, na volta da Copa do Brasil. A derrota por um gol deixa o confronto aberto. Mas se quiser sonhar com a classificação, e mais ainda com algo na Libertadores, Roger Machado precisa sair do modo econômico. O alerta já foi dado — e dessa vez, veio em letras garrafais.

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