A sexta-feira amanheceu com faixas e cobranças em frente ao estádio Beira-Rio. A eliminação do Internacional para o Fluminense nas oitavas da Copa do Brasil foi o estopim para a torcida, que decidiu se manifestar de forma direta contra diretoria, comissão técnica e elenco. O recado foi claro: a paciência se esgotou.
As imagens falam por si. Frases como “muito dinheiro, pouco futebol”, “gestão fracassada” e “Libertadores é obrigação” foram penduradas em guard-rails e cercas nos arredores do estádio. Os alvos? Muitos. Do presidente Alessandro Barcellos ao técnico Roger Machado, passando pelo vice de futebol José Olavo Bisol e diversos nomes do elenco.

A pressão é ampla. A exigência vai além do resultado imediato. A torcida cobra desempenho, entrega e, principalmente, responsabilidade com o alto investimento feito. Atletas como Enner Valencia e Rafael Borré, que chegaram como soluções ofensivas, hoje enfrentam uma seca de gols e o peso da desconfiança. Valencia, por exemplo, não marca desde 6 de abril mais de quatro meses em branco.
Borré vive situação semelhante. Seu último gol foi de pênalti, na vitória sobre o Santos, em 23 de julho. De lá para cá, passou quatro jogos sem balançar as redes. Os números não sustentam o custo de ambos, e a torcida não perdoa.
Outros citados nas faixas de protesto incluem Ronaldo que falhou no lance do gol de Canobbio contra o Fluminense, Wesley, Bruno Henrique, Thiago Maia e Bernabei. Todos sob holofotes negativos. O grupo, recheado de contratações, ainda não encontrou consistência. E isso se reflete na tabela do Brasileirão: o Internacional ocupa apenas a 13ª colocação, com 21 pontos.
Mesmo com o ambiente conturbado, a diretoria insiste em manter o discurso de convicção. Após a queda na Copa do Brasil, Bisol foi rápido ao sair em defesa de Roger Machado e da gestão do departamento de futebol.
“Não pensamos em uma mudança. Temos convicção no trabalho, muito em razão de estarmos fazendo essa avaliação, essa autocrítica, essa reflexão dentro do departamento”, afirmou o dirigente.
O problema é que as palavras já não convencem fora dos muros do clube. A Libertadores virou obrigação, não só pela cobrança das arquibancadas, mas também pela escassez de resultados nas outras competições.
Neste sábado, o internacional tenta virar a chave. Enfrenta o Bragantino pelo Brasileirão, tentando retomar algum fôlego antes do jogo mais importante do semestre: o duelo de ida contra o Flamengo pelas oitavas da Libertadores, na próxima quarta-feira (13), no Maracanã. A pressão, porém, já está nas costas e será carregada até o apito final.

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