Enner Valencia deixa o Inter e desencanta no México: “O que deu errado no Beira-Rio?”

A busca do Inter por um centroavante decisivo na metade de 2023 terminou com a chegada de Enner Valencia. O equatoriano, destaque no Fenerbahçe com números expressivos, desembarcou no Beira-Rio rodeado de expectativa, especialmente pela disputa da Libertadores. Nos primeiros jogos, correspondeu: marcou gols importantes e ajudou o time a chegar até a semifinal.

Mas o cenário mudou nos duelos contra o Fluminense. Perdeu chances claras, virou alvo de críticas e nunca mais recuperou o protagonismo. A pressão aumentou, e a relação com a torcida começou a ruir. Mesmo com mudanças no comando técnico e a tentativa de Ramón Díaz — e antes dele, Roger Machado — de recuperar a confiança do atacante, Valencia não repetiu as atuações que o consagraram na Turquia. Seu momento mais marcante no ano foi a cobrança de falta na final do Gauchão contra o Grêmio.

Com um dos salários mais altos do elenco e rendimento abaixo do esperado, perdeu espaço e virou reserva em diversos jogos. A direção colorada, pressionada e sem ver evolução, optou por liberá-lo na janela do meio da temporada. O destino foi o Pachuca, do México.

Debate reacende entre torcedores do Inter

No futebol mexicano, o equatoriano reencontrou o faro de gol. No último domingo, marcou duas vezes no empate com o Toluca, incluindo um chute de fora da área que chamou atenção. A boa fase reacendeu o debate: o problema estava no jogador ou no ambiente do Inter? Com números melhores no novo clube, cresce a percepção de que a queda de rendimento no Beira-Rio envolvia mais do que apenas desempenho individual.

Entre críticas e nostalgia, a saída de Valencia ainda gera discussão entre torcedores e analistas. Enquanto isso, o Inter segue em busca de um “camisa 9” confiável para o restante da temporada, de olho em reforços e na reconstrução ofensiva sob o comando de Ramón Díaz.

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