Vira casaca os jogadores que foram de um lado para o outro na história do Gre-Nal ao logo dos 115 anos de rivalidade.

Vira casaca os jogadores que marcaram época na Dupla.

Vira casaca Edenilson no rival

A chegada de Edenilson ao Grêmio não é apenas uma mudança de clube, é uma migração que carrega consigo uma carga emocional e histórica única. Ao vestir a camisa tricolor, o meio-campista se torna mais um nome na extensa lista de jogadores que atravessaram a fronteira da rivalidade entre Grêmio e Internacional. E, como é de se esperar, essa transição não é apenas sobre futebol, mas sobre identidade e lealdade.

Vira casaca

Edenilson não é o primeiro a fazer esse movimento. Ao longo dos 115 anos de rivalidade entre os dois clubes, diversos jogadores já “viraram a casaca” e defenderam as cores de ambos os times. Alguns conseguiram conquistar o respeito e o reconhecimento de ambas as torcidas, enquanto outros enfrentaram desafios e resistências para serem aceitos no novo ambiente.

A coluna realizou um levantamento dos nomes que estiveram dos dois lados nessa rivalidade centenária. Poucos conseguiram deixar sua marca de forma significativa tanto no Grêmio quanto no Internacional. Nomes como Mauro Galvão, Tinga, Christian, Giuliano e Volmir são alguns dos exemplos mais destacados. Para esses jogadores, serem reconhecidos e valorizados por ambas as torcidas é um testemunho de sua qualidade e importância para o futebol gaúcho.

A lista completa de jogadores que vestiram as camisas de Grêmio e Internacional ao longo dos anos é extensa, totalizando 82 nomes. Esse número demonstra uma tendência crescente de flexibilidade e mobilidade entre os clubes, especialmente nas últimas décadas. O que era antes considerado um tabu, agora é visto com mais naturalidade, refletindo uma mudança na dinâmica da rivalidade.

No entanto, essa transição nem sempre foi fácil. Em tempos passados, mudar de clube significava enfrentar resistência e até mesmo hostilidade por parte das torcidas e dos próprios jogadores. A rivalidade entre Grêmio e Internacional era ainda mais acirrada, e atravessar essa fronteira era um desafio emocional e psicológico para os atletas.

Uma história emblemática contada por veteranos do futebol gaúcho ilustra bem essa tensão. Bráulio, ídolo do Internacional, enfrentou uma situação inusitada ao se deparar com uma festa da família da noiva, que torcia para o Grêmio. Sua reação inicial foi de revolta, mas o amor falou mais alto e ele acabou reatando o noivado. Essa história serve como um lembrete de que, mesmo em tempos passados, o futebol sempre esteve entrelaçado com emoções e relações pessoais.

Com a chegada de Edenilson ao Grêmio, o meio-campista terá que lidar não apenas com as expectativas técnicas, mas também com as emoções e memórias de sua passagem pelo Internacional. O desafio de conquistar a confiança e o respeito da torcida tricolor será uma jornada pessoal e profissional para o jogador. No entanto, como a história nos ensina, nada é impossível no futebol e no amor pelo jogo.