Roger quebra o silêncio, dá recado direto e expõe bastidores dos reforços no Inter: “Há carências evidentes”

Inter vence o Vitória, deixa a zona de rebaixamento e Roger Machado exige reforços — bastidores quentes e incertezas à vista. Suspense no Beira‑Rio.

Após quatro partidas sem vitória no Brasileirão, o Colorado reencontrou o caminho dos três pontos em um sábado frio no Beira‑Rio. O 1 a 0 sobre o Vitória — gol salvador de Bruno Tabata aos 49 do segundo tempo — não apenas tirou o time da zona de rebaixamento; empurrou a torcida a sonhar com um segundo semestre menos turbulento. O placar fez o Inter saltar para o 13.º lugar, agora com 14 pontos em 13 rodadas, marca modesta, porém suficiente para devolver algum fôlego ao vestiário colorado.

Nos vestiários, Roger Machado não dourou a pílula. Sem Fernando, que se recupera de uma lesão no joelho, e à espera de Ronaldo, liberado pelo departamento médico, o treinador admitiu que o elenco carece de “um time de reforços”, sobretudo para o meio‑campo. A janela de transferências abriu nesta semana e a direção colorada já opera no mercado da bola em busca de peças que combinem experiência e intensidade — exatamente o que o técnico enxerga como déficit. “As necessidades serão debatidas internamente”, cravou Roger.

Bruno Tabata, herói da noite, viveu seu primeiro grande momento desde que chegou por empréstimo do Palmeiras. Aos 29 anos, o meia-atacante soma agora dois gols e uma assistência em 12 partidas com a camisa vermelha. Se mantiver a pegada — e se chegar companhia de peso —, o setor ofensivo pode deixar de ser problema crônico.

A defesa também ganhou respiro: foi apenas o segundo jogo sem sofrer gols no campeonato. Ainda assim, a comissão técnica quer ritmo. Um jogo‑treino está previsto para o meio da semana, ideia de Roger para acelerar processos, testar garotos da base e observar eventuais reforços em fase final de negociação.

Próximos desafios do Inter

Sem tempo para comemorar, o time viaja a Salvador para encarar o Bahia na 14.ª rodada, duelo direto na briga pela metade de cima da tabela. Em seguida, recebe o Ceará e visita o Santos — sequência considerada chave para medir se o resultado sobre o Vitória foi ponto fora da curva ou virada de página definitiva.

Setembro reserva maratona tripla: Brasileirão, Copa do Brasil e a estreia na Sul‑Americana. É por isso que Roger faz pressão: elenco curto tende a estourar quando o calendário aperta. E, como se sabe, em Porto Alegre a paciência costuma ser inversamente proporcional à temperatura.

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