D’Alessandro fala grosso, defende o Internacional e revela bastidores da crise financeira

D’Alessandro defende a direção do Internacional, admite dificuldades financeiras e explica estratégia do clube para reforços na temporada.

Na manhã desta sexta-feira, antes mesmo de apresentar oficialmente Alan Rodríguez, nova contratação do Internacional, D’Alessandro quebrou o protocolo. O diretor técnico deixou de lado a formalidade e partiu para um desabafo sincero, mirando as críticas que a direção colorada vem recebendo nas últimas semanas.

O ex-capitão, ídolo eterno do clube, admitiu o que já era perceptível: o time caiu de rendimento, as críticas aumentaram, e o cenário financeiro é apertado. “A gente não tem o poder e a força financeira para fazer loucuras e competir com clubes que investem valores absurdos em contratações”, disse, direto. Sem rodeios, pediu compreensão aos torcedores, lembrando que nem sempre dinheiro é o diferencial. “Podemos usar outras ferramentas para convencer os jogadores a virem para o Inter.”

D’Alessandro não citou nomes, mas ficou claro o incômodo com o barulho recente sobre a demora nas negociações e a pressão da torcida. Ele garantiu que as chegadas de Alan Rodríguez, Alan Benítez e Richard não foram improvisadas, e sim analisadas a fundo. “Foram acompanhados, avaliados e aprovados por Roger Machado. Houve um esforço enorme para trazê-los, dentro do que o clube pode fazer.”

O dirigente enfatizou que a gestão trabalha no limite, mas sem abrir mão de responsabilidade. “Temos que valorizar o esforço do clube e os jogadores que chegam. Se vão render ou não, isso não depende só de nós. O futebol não é uma ciência exata.”

Com o discurso firme, D’Alessandro jogou luz sobre um cenário conhecido, mas pouco assumido publicamente: o Inter luta contra restrições financeiras, tenta ser criativo no mercado e, apesar de tudo, aposta na força de seu projeto. Resta agora ver se o campo responderá às palavras.

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