Alan Patrick é hoje o principal destaque do Internacional na temporada. Em 40 jogos, acumula 19 gols e 12 assistências — números que o colocam no topo das estatísticas do time, mesmo após momentos difíceis, como o pênalti perdido no Gre-Nal 448. A presença do meia-atacante virou referência dentro do elenco.
Ramón Díaz apostou em uma leitura diferente do camisa 10. No confronto contra o Botafogo, o treinador escalou Alan Patrick mais adiantado, em uma função semelhante ao “falso 9”. A mudança lhe trouxe liberdade para pensar o jogo, ocupar espaços e acelerar a criação sem a obrigação constante de recompor defensivamente. Resultado: mais participação direta na construção e maior movimentação coletiva.
Aos olhos da comissão técnica, a experiência deu certo. Há tendência de manutenção desse desenho na partida frente ao Mirassol, agendada para 15 de outubro, e sinais de que a ideia pode ser testada por mais tempo. O jornalista Vágner Martins registrou que a equipe técnica avalia prorrogar essa estratégia até a temporada seguinte.

Inter: projeto do elenco pensado a partir do camisa 10
Relatos publicados pelo portal GZH apontam que a reestruturação do elenco, prevista para depois do Brasileirão, será alinhada com o perfil de Alan Patrick. A intenção não é transformá-lo no único maestro ou artilheiro do país, mas sim facilitar seu trabalho: menos deslocamento longitudinal, foco na organização das jogadas e mais atletas com velocidade para concluir as ações.
É uma abordagem pragmática. Contratações voltadas à penetração e velocidade no setor ofensivo podem reduzir a necessidade de grandes corridas do meia, dando-lhe mais eficiência criativa e ao mesmo tempo multiplicando as opções de finalização do Inter. Alan Patrick traz experiência e repertório técnico; o clube aposta em preservar essas qualidades enquanto adapta o time para extrair o máximo delas. O encontro com o Mirassol será um teste prático — e talvez o prelúdio de uma mudança estrutural no projeto esportivo do clube.

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